É isso: mais um volume de Cadernos Negros. O volume 44 tem 44 autorxs de diversos Estados brasileiros.

O prazer de se ler

A leitura também envolve prazer, especialmente o prazer de o leitor ou leitora se identificar com o/a personagem ou história do livro, viver suas emoções e se imaginar numa outra realidade.

Cadernos Negros, ao longo do tempo, tem proporcionado esse prazer, esse diálogo, essa possibilidade de o leitor ou leitora vencer a solidão e se encontrar em experiências parecidas.

O volume 44 de Cadernos Negros foi lançado num belo evento no salão nobre do Teatro Municipal. Os lançamentos dos volumes da série se tornaram tradicionais e únicos, pois envolvem música, leituras de textos, às vezes performances de dança, e tudo isso integrado dá a esses eventos, aos quais costuma ir muita gente, um rosto caracteristicamente afro.

O 44 é um volume de contos e traz, coincidentemente, 44 autorxs. Embora a vivência racial esteja no centro dos textos, as histórias abordam vários temas, que vão desde a conversa entre um pai e um filho que revela um segredo, o flerte de um casal por meio de um aparelho celular, uma relação de afeto marcada por um tango, uma reflexão sobre maternidade, até histórias de violência que atravessam o cotidiano das pessoas, especialmente a violência policial. Os textos evocam também a necessidade de superarmos as situações adversas e construirmos caminhos de autoestima e afirmação.

O livro, como os outros da série, que é organizada desde 1999 por Márcio Barbosa e Esmeralda Ribeiro, e que foi criada em 1978 por Cuti e Hugo Ferreira, vem à luz por meio de um processo coletivo que permite aos autores e autoras seguirem registrando e (re)construindo, de maneira apaixonada, o imaginário afro-brasileiro. Isso é resistência, compromisso e afirmação da liberdade de criar e se expressar.

Leia um pouco mais sobre xs autorxs aqui.

www.quilombhoje.com.br/livraria

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