O dia 25 de julho celebra o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff sancionou uma lei que tornou o 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, a partir de projeto relatado pelo deputado Evandro Milhomen (PCdoB-AP).
Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola que viveu durante o século 18. Ela era casada com José Piolho, que chefiava o quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. Quando o marido morreu, ela assumiu o comando da comunidade, revelando-se uma líder.
Teresa comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra eram transformados em instrumentos de trabalho.
Obviamente, a luta da mulher negra contra a violência (física ou moral), contra o preconceito, a batalha por igualdade salarial, por visibilidade, dignidade e respeito tem sido constante, assim precisamos celebrar o 25 de julho sem esquecer que o dia da mulher negra são todos os 365 dias do ano.
A participação de mulheres escrevendo em Cadernos Negros é crescente. Um levantamento de Esmeralda Ribeiro mostra que até o volume 41 tinham passado 88 autoras pelas páginas de Cadernos. Somando-se com as que publicaram pela primeira vez no volume 42 chega-se a 97 autoras. Quase cem escritoras participando de Cadernos Negros! O que coloca a série como um importante veículo pra trazer à luz os textos de mulheres afro-brasileiras que fazem dos contos e poemas um meio de expressão. Nossa profunda gratidão a essas autoras, que são: