Vamos sim chamar as lembranças em maio, porque neste mês, no dia 13, no ano de 1881, nascia o também periférico escritor Lima Barreto. Teve uma atuação política e racial vanguardista para o século XIX. Por que chamar as lembranças de Lima? Passado cerca de um século e meio, as mesmas questões que o romancista abordava em suas obras, sobre a violência do racismo e as suas consequências devastadoras para um ser humano, parece que ainda estão impregnadas no íntimo daqueles que sofrem essa violência.
É verdade, temos que misturar todas as cores, estilos, pensamentos do bem, cortes de cabelos, todas as opções sexuais, tribos, mas devemos abolir as imposições que vêm de um só lado. Estamos sim na periferia da periferia, na periferia dos bairros chiques, na periferia das profissões, na periferia das oportunidades. Mas sabemos que no íntimo existem diferenças dentro das periferias. Todo mundo está misturado no mesmo espaço, porém, em muitos casos, em condições financeiras e com histórias de vida diferentes. Vamos sim chamar as lembranças do escritor e romancista Lima Barreto em maio.
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