Domínio público
Não sou muito fã de ler livros em computador. A tela do micro é cansativa para os olhos; por outro lado, no livro tradicional, a combinação de fatores como tipo de fonte, tamanho da letra e tipo de papel parece mágica quando é feita da maneira certa. Os antigos egípcios, quando aperfeiçoaram a escrita e inventaram o papiro, foram fantásticos e deram um passo gigantesco, depois ampliado por Gutenberg na Idade Média.
Hoje há equipamentos para ler livros digitais, os e-readers, aparelhos nos quais é possível ler livros em formatos como o pdf e que, por serem portáteis, são sérios candidatos a substituírem o livro de papel.
Embora a cada inovação tecnológica decrete-se a morte do livro tradicional, ele sobrevive há pelo menos 4 mil anos, e para quem se dispõe a ler na tela do micro obras já editadas em papel, um site interessante é o http://www.dominiopublico.gov.br.
Uma obra passa a ser de domínio público 70 anos após a morte de seu autor. O interessante desse site é que tem um bom acervo de autores como Lima Barreto e Cruz e Sousa, que têm obras difíceis de serem achadas porque não são reeditadas. Os livros estão em formato pdf, que pode ser lido no micro por meio do acrobat reader.
Abaixo disponibilizamos dois livros do site:
Primeiras Trovas Burlescas do Getulino – Luis Gama
Advogado e jornalista, Luis Gama usava a ironia de forma corrosiva. Foi um dos primeiros escritores a cantar a mulher negra em seus poemas. É indispensável conhecer.
Diário Íntimo
Pré-modernista, Lima nasceu ironicamente num dia 13 de maio. Sua visão crítica do Rio de Janeiro e do Brasil de sua época ainda é muito atual.