Criada em 1978, e publicada anualmente e ininterruptamente desde então, a série vem se tornando um marco.

Cadernos Negros 45 anos

Durante toda a história do Brasil, mas especialmente no período pós-abolição, tivemos afrodescendentes que ousaram adentrar o campo da criação literária e construir obras que se mostraram duradouras. Podemos citar Cruz e Souza, Lima Barreto, Luís Gama, Auta de Souza e, mais recentemente, Solano Trindade e Carolina Maria de Jesus, dentre outros.

1978

A partir de 1978 a produção literária afro-brasileira dinamizou-se bastante por conta da criação da série Cadernos Negros, que, publicando contos e poemas, tem se tornado o principal veículo de divulgação da escrita daqueles que resolvem colocar no papel suas experiências e visão de mundo.

Além de proporcionar espaço para os criadores, a série, organizada pelo Quilombhoje, também vem se tornando um instrumento para o exercício da lei 10639/11645, pois se constitui numa fonte extremamente rica para veiculação da cultura, do pensamento e do modo de vida dos afro-brasileiros.

De 1978 a 2023

Quarenta e quatro volumes foram lançados, um por ano, alternando contos e poemas, proporcionando visibilidade para autores afrodescendentes e fomentando não só a literatura negra, mas também a produção literária das periferias.

Lançamento do Cadernos Negros 1, na livraria Teixeira, centro de São Paulo, em 1978

Cadernos Negros representa uma experiência singular que vem arregimentando autores e autoras de gerações diferentes, bem como de regiões distintas, em uma periodização ininterrupta, com a alternância dos gêneros poesia e prosa.

Você pode ler mais um pouco sobre a história de Cadernos Negros e do início do Quilombhoje neste artigo. Este outro artigo foi publicado por ocasião das três décadas de Cadernos.

Lançamento do Cadernos Negros 40, na Academia Paulista de Letras, em 2017

Ao fomentar a produção literária dos que não têm voz na literatura canônica, os Cadernos também estimulam a produção literária periférica.

Capas dos volumes 40 e do volume 1

Lançamento do CN2. Da esq. para a dir.: Neusa, Abelardo, Oswaldo, Colina e Aristides Barbosa
Leitorxs no lançamento do CN16, no Sindicato dos Bancários, em São Paulo
Lançamento do CN26, no Sesc Paulista
Lançamento do CN39 em Salvador
Curso de literatura negra em Salvador
Curso de literatura negra em Salvador

Capas de volumes de contos e poemas de Cadernos Negros traduzidos para o inglês

Capas dos volumes 35 e 37